Os Laboratórios públicos farão em parceria com setor privado vão produzir quatro medicamentos considerados estratégicos pelo governo brasileiro: dois para tratamento de aids, um indicado para Mal de Parkinson e outro desenvolvido para tratamento de pessoas com artrite reumatoide. Pelos cálculos do Ministério da Saúde, o acordo poderá trazer uma economia de R$ 700 milhões para cofres públicos nos próximos cinco anos.
A expectativa é de que, neste período, o Brasi se torne autossuficiente para produção das drogas. As parcerias anunciadas hoje integram uma estratégia adotada há dois anos pelo governo. Nesse período, foram realizadas 24 parcerias público-privadas na área de saúde - acordos que permitem a produção de 29 produtos estratégicos.
Um dos remédios que passarão a ser produzidos no Brasil é o Atazanavir, usado para pacientes com aids. A droga será desenvolvida pelo laboratório Farmanguinhos, em parceria com a Bristol. Outro remédio indicado para pacientes com HIV, o Raltegravir, será produzido pelo Laboratório Farmacêutico de Pernambuco, Merck Sharp &Dohme e Nortec. O terceiro é o Pramipexol, indicado para Parkinson. Um projeto de pesquisa será desenvolvido, ainda, pelo Instituto Vital Brazil e Pharma Praxis, para produção do Adalimumabe, usado no tratamento de pessoas com artrite reumatoide.
"Temos de ter foco no resultado. São produtos estratégicos, temos de acertar", afirmou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha. Ele afirmou que a intenção do governo é reforçar esse tipo de parceria, feita com base sempre na lista de produtos considerados prioritários pelo governo. Gadelha adiantou que a lista deverá ser atualizada em breve.
O diretor presidente em exercício da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbano, anunciou a criação de comitês, formados por integrantes da agência e do ministério, responsáveis pelo acompanhamento do processo de desenvolvimento de novos medicamentos. Ao todo, serão sete grupos, todos atuando em laboratórios oficiais.
"A intenção é tornar todo processo de registro mais ágil", contou Barbano. A experiência já foi adotada na Fiocruz, durante o desenvolvimento do Efavirenz, antirretroviral cuja licença compulsória foi decretada pelo governo brasileiro. "Com acompanhamento, todo processo foi ágil. Um dia depois de o laboratório confirmar que produto estava pronto para venda, o registro na Anvisa foi feito".
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