A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cancelou o registro de dois antiinflamatórios mito utilizados no combate à artrite, o Prexige 400 mg (Lumiracoxibe), do Laboratório Novartis, e o Arcoxia 120 mg (Etocorixibe), fabricado pela Merck Sharp & Dohme. A medida faz parte de processo de reavaliação dos antiinflamatórios não-esteróides inibidores da ciclooxigenase (Cox-2). A Anvisa considera que os medicamentos não superam a relação risco-benefício no tratamento de doenças.
O Prexige era indicado para o tratamento de osteoriartrite, dor aguda e cólica menstrual; já o Arcoxia é usado no tratamento de reumatismo, gota, artrite, dor articular e pós-operatórios. A orientação da Anvisa para os pacientes que fazem uso desses medicamentos é que procurem o médico para fazer a substituição do remédio. A Anvisa determina ainda a reclassificação de toda a classe de inibidores de Cox-2. As bulas dos remédios Arcoxia 60 mg e 90 mg passarão por adequações para que sejam incluídas advertências de segurança.
O medicamento Celebra (Celecoxibe), do Laboratório Pfizer, também terá restrições na bula relativas ao tempo de tratamento e à utilização durante a gravidez e o período de amamentação. O Bextra (Parecoxibe), também da Pfizer, terá seu uso restrito aos ambientes hospitalares. A partir de agora, esses antiinflamatórios só poderão ser vendidos com retenção da receita médica pela farmácia. As determinações serão publicadas no Diário Oficial da União na segunda-feira.
A Novartis informou que já tinha reembolsado o valor das unidades devolvidas, desde a decisão da Anvisa de suspender temporariamente o uso e a comercialização do Prexige 100 mg, em agosto. A Merck Sharp & Dohme lamenta a decisão da Anvisa de interrupção da comercialização do Arcoxia 120 mg. A empresa afirma que a medida não reflete estudos que comprovam o perfil favorável de risco-benefício do medicamento. (AE)
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